O que fazer quando o marido bebe todos os dias: O alcoolismo é uma doença que atinge muitas pessoas ao redor do mundo, trazendo inúmeras consequências para a saúde física, emocional e mental.
O consumo excessivo de álcool também prejudica as relações que a pessoa possui, afastando-a cada vez mais de sua família e inclusive dos amigos.
Os efeitos do álcool são mais intensos do que as pessoas imaginam, por isso é necessário prestar atenção nas pessoas a sua volta que possuem esse vício.
Escolher começar a beber, pode ser fácil. Já parar, nem tanto. Na verdade, quando estamos falando de um dependente alcoólico, parar por conta própria, sem nenhuma ajuda, é algo extremamente difícil, principalmente se o alcoólatra já se encontra nessa situação por um tempo prolongado.
Se o seu marido tem o hábito de consumir bebida alcoólica exageradamente é necessário tomar atitudes para que a situação não fuja do controle e tome proporções que nunca imaginou, como prejudicar o casamento de vocês, por exemplo.
Saiba que você não é a única que sofre com o alcoolismo por parte do seu marido. São milhares de mulheres que passam pela mesma dificuldade que você
Elas também se perguntam: “como fazer meu marido parar de beber?” como um ato de desespero, por desejarem não só a recuperação do marido diante do vício, mas também salvar o casamento.
O metabolismo do álcool pelo organismo é feito principalmente pelo fígado, que remove cerca de 98% da substância do corpo humano. O restante é eliminado pelos rins, pelo pulmão e pela pele.
Os sinais de embriaguez são amplamente conhecidos: euforia, alterações no comportamento, perda da timidez, emotividade exagerada e, em alguns casos, tendência à agressividade. Os sintomas do alcoolismo, no entanto, vão muito além da intoxicação por álcool.
Em geral, pessoas que já se tornaram dependentes tendem a:
Para identificar os sintomas do alcoolismo, é necessário analisar o quadro geral, e não apenas um episódio isolado. Veja alguns indícios que indicam que é hora de procurar ajuda.
A bebida alcoólica é uma substância química que causa alterações no organismo de quem a consome. Ela atua no sistema nervoso central do indivíduo, promovendo as sensações de prazer, euforia e entorpecimento.
Essas sensações podem facilmente fazer com que um indivíduo se torne dependente. Uma pessoa que abusa do álcool procura beber em qualquer ocasião devido à necessidade de manter os efeitos dessa substância.
Além disso, à medida que o consumo do álcool aumenta, a tendência é que o indivíduo se torne mais resistente aos efeitos e tenha que beber cada vez mais para alcançar as sensações desejadas. Algumas pessoas chegam a trocar as refeições pela bebida, o que oferece um grande risco à saúde.
Pelo álcool ser uma bebida rotineiramente consumida no período noturno — em casa, em festas, comemorações e eventos —, isso tem uma relação compreensível com o mecanismo da droga. Como o álcool é considerado um depressor da atividade cerebral, é natural que as pessoas durmam logo após o consumo da substância.
Com dependentes químicos, o horário de início do consumo vai se tornando cada vez mais precoce. Em alguns casos, o paciente começa a beber após o almoço e não para até dormir. Nos casos mais graves, ele já acorda com o desejo de ingerir a bebida.
Se você sente vontade de beber logo ao acordar, é um sinal clássico de que você deve procurar ajuda. Esse é um comportamento que pode afetar todo o seu cotidiano, afastar as pessoas que você ama e dificultar o seu rendimento no trabalho ou nos estudos.
Por atuar no sistema nervoso do indivíduo, é comum o álcool afetar a capacidade cognitiva da pessoa. Entre as drogas psicoativas ou psicotrópicas, ele é classificado como um depressor. Assim, o consumo de álcool causa sonolência e a sensação de relaxamento.
No longo prazo, o abuso da substância pode provocar cansaço físico e dificuldade de raciocínio. Confusão mental e até alucinações podem ocorrer em casos mais graves.
Esses sintomas tendem a ficar mais intensos à medida que a pessoa desenvolve tolerância a essa substância e precisa consumi-la cada vez mais para obter as sensações desejadas.
O desejo de consumir bebida alcoólica pode inibir a vontade de se alimentar e causar problemas relacionados à nutrição, como a anorexia ou bulimia alcoólica. Nesses casos, a pessoa deixa de se alimentar intencionalmente e pode induzir-se ao vômito ou purgação (com o uso de laxantes, por exemplo).
Além disso, o álcool costuma retardar o sono de um indivíduo, causando distúrbios como insônia, sonambulismo e até problemas respiratórios, como a apneia do sono.
O álcool é uma substância rapidamente absorvida pelo organismo após o consumo. Passado o efeito imediato de prazer e euforia, ele pode causar dor de cabeça, náusea e vômito — a chamada ressaca.
O consumo em excesso dessa substância pode prejudicar o funcionamento dos órgãos que trabalham para processar a substância. Fígado, pâncreas e rins costumam ser os mais afetados pelo abuso do álcool.
Além disso, a falta de bebida alcoólica pode causar a síndrome de abstinência. Ela ocorre quando a concentração de álcool no sangue diminui, e costuma causar irritabilidade, taquicardia e suor em excesso (sudorese). Em casos extremos, pode provocar convulsões e até levar a óbito.
Uma pessoa sob o efeito do álcool costuma demonstrar alegria, euforia e relaxamento. Ela pode se tornar dependente dessas sensações e passar a consumir álcool em quantidades cada vez maiores para prolongar esses efeitos.
Por outro lado, quando a quantidade álcool diminui em um organismo que tem o hábito de processá-lo em grande volume, ansiedade, depressão, irritabilidade e agressividade são alguns dos sinais que podem aparecer.
Nessa situação, é necessário recorrer ao tratamento médico para reduzir gradualmente o consumo dessa substância, de modo que o organismo não sofra.
Se você é usuário de álcool, mesmo que moderadamente, deve se recordar da primeira vez em que consumiu a substância. É consenso entre a maioria das pessoas que, nesse primeiro contato, poucas doses de álcool já causavam um efeito significativo.
Isso não acontece por acaso: o álcool atua no cérebro ativando certos receptores e produzindo efeitos, que incluem, a princípio, a euforia e a desinibição, mas podem levar à sonolência, descoordenação motora e, em casos extremos, ao coma.
Ao longo do tempo, o cérebro se adapta às altas doses de álcool e reduz o número desses receptores. Nos casos de alcoolismo mais graves, a mesma dose não surte mais efeito de antes, e o paciente passa a buscar doses cada vez maiores.
Esse efeito é chamado de tolerância, e é um dos principais sinais de que você deve procurar ajuda. Ele significa que o seu corpo já detectou que o uso de álcool está excessivo, e está tentando frear os efeitos nocivos da substância.
A agressividade é um dos marcadores principais do uso excessivo de álcool. É ela que distancia os entes queridos, isola a pessoa e torna a vida mais solitária, o que acelera a deterioração que o álcool pode causar.
Talvez, o usuário de álcool nem perceba que está sendo agressivo — seja porque a própria bebida mascara o sentimento, seja porque ele já está se acostumando com esse comportamento. Uma das maneiras de identificar se você está sendo agressivo ou não é verificar o comportamento das pessoas ao seu redor: elas falam que você está mudando em relação ao que era antes? Tendem a se afastar com mais facilidade?
Se sim, esse pode ser um sinal de que você está sendo agressivo, mesmo sem perceber. Também há os casos mais graves, em que o paciente alcoólatra se torna obviamente agressivo e se arrepende após atos de violência. Em ambas as situações, é importante identificar esse fator de risco e procurar ajuda especializada para o problema.
É importante frisar, tanto para o próprio dependente químico quanto para aqueles que o cercam, que o álcool gera comportamentos irracionais — que, em ocasiões normais, a pessoa não faria ou teria muita dificuldade em fazer. Um dos sentimentos que acompanham diariamente quem tem problema com essa substância é a culpa.
Se você sente que já fez algo de errado devido ao alcoolismo ou que seu comportamento afasta as pessoas ao seu redor, isso pode ser um indicativo de que é momento de repensar. Lembre-se que, embora não seja possível desfazer os males já causados, é possível trabalhar para que eles não se repitam.
Ao identificar sintomas do alcoolismo em si mesmo ou em alguma pessoa próxima (amigo ou familiar), é fundamental procurar auxílio especializado para fazer o diagnóstico correto e evitar que o problema evolua.
Existem alguns critérios básicos para diagnosticar a dependência de álcool. Os sintomas de alcoolismo são avaliados de acordo com os parâmetros do Código Internacional de Doenças (CID), que estabelece o diagnóstico quando o paciente apresentar ao menos 3 das seguintes condições nos últimos 12 meses:
Além disso, existem diversos testes, exames e questionários que podem auxiliar no diagnóstico e na análise dos sintomas do alcoolismo. É fundamental, portanto, buscar auxílio especializado para combater a dependência e evitar as consequências do problema.
É importante ressaltar para aqueles que identificam o alcoolismo e os males que ele pode causar na vida que existe tratamento. É possível mudar o rumo do problema e retornar a uma vida saudável, especialmente com aqueles que você ama.
O tratamento da dependência é considerado multiprofissional, ou seja, passa por vários especialistas. Alguns deles são os médicos, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros. É necessário avaliar, caso a caso, quais são as intervenções necessárias para cada quadro e quais profissionais devem ser envolvidos.
No caso do alcoolismo leve, é possível tratá-lo ambulatorialmente, ou seja, sem necessidade de internação. Na maioria dos casos, isso é feito com a substituição do álcool por medicamentos que impedem os sintomas de abstinência ou reduzem a compulsividade de beber mais — um sentimento chamado de craving.
Em casos moderados ou graves, pode ser necessário procurar uma instituição de internação para se livrar do problema. Isso ocorre porque o ambiente ambulatorial ainda oferece vários fatores de risco para uma recaída, pois o paciente pode procurar o álcool a qualquer momento. Lembre-se: um dos objetivos principais do tratamento, na fase inicial, é a redução na quantidade de álcool ingerida.
Os casos que requerem internação são de pessoas que têm dificuldades no atendimento ambulatorial, Mesmo medicados e com ajuda de uma equipe multiprofissional, os pacientes ainda continuam bebendo a um nível superior ao desejado.
Nesses quadros, a interrupção imediata do uso da substância pode ser uma solução, mas ela não pode ser feita sem assistência médica, devido ao risco da síndrome de abstinência. É fundamental que os pacientes saibam disso, pois ela pode levar a sintomas graves, como convulsões fatais.
Na internação, há supervisão 24 horas por dia para monitorar os sintomas, além de atendimento médico diariamente. Os pacientes são medicados de acordo com a necessidade para evitar a síndrome de abstinência e reduzir ao máximo o contato com ambientes que despertem a vontade de beber.
Além disso, em uma instituição de boa qualidade, você conta com uma equipe multiprofissional composta por diversas áreas. Isso garante que a recuperação terá apoio psicológico, nutricional e, em alguns casos, até mesmo fisioterápico. Isso aumenta as chances de sucesso e dá a segurança de retornar à sua vida da melhor maneira possível.
Parar completamente às vezes é muito difícil para aqueles que abusam ou usam compulsivamente uma droga. Uma abordagem que se concentre na redução de danos e não necessariamente na abstinência pode ajudar.
O alcoolismo é um dos principais contribuintes para a desestabilização e até a destruição de muitas famílias. Em geral, pais e maridos alcoólatras tendem a fazer seus filhos e esposas sofrerem por causa do problema com a bebida.
Em muitos casos em que o marido é alcoólatra, ele se torna agressivo com a esposa e os filhos abusando deles verbalmente e , em muitos casos, às vezes fisicamente.
Talvez: ele esteja tendo problemas em casa, no trabalho ou na escola por causa do álcool; ficar bêbado em situações de risco (como dirigir um carro); machucar alguém ou a si mesmo porque você bebeu; tentei parar, mas não consigo fazer isso sozinho; ou eventualmente pedir desculpas ou contar mentiras sobre seus hábitos de bebida.
Sugirimos você procurar ajuda de grupos de apoio que foquem neste problema para que você possa aprender a lidar com a situação e também clínicas de recuperação alcoólica como o Grupo Procure Ajuda.
(11) 93418-1314
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